Cursos de mestrado e doutorado em Educação da UFT registram recordes de inscritos

A pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Tocantins no Câmpus de Palmas está comemorando o aumento da procura nos últimos dois anos, Formada pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE/UFT), com mestrado acadêmico, pelo Programa de Pós-Graduação Profissional em Educação (PPPGE/UFT), com mestrado profissional, e pelo Programa de Doutorado em Educação em Rede (PGEDA/Educanorte/UFPA/UFT), o conjunto que já formou cerca de 260 mestres e está em processo de formação de mais de 50 doutores vem registrando bons números de demanda.

Professores e alunos do doutorado em Educação (Foto: Divulgação)

No processo seletivo mais recente, de 2024, o PPPGE recebeu 701 inscrições para o edital com oferta de 20 vagas - uma concorrência de 35 candidatos por vaga. Disciplinas ofertadas semestralmente para alunos regulares e especiais também têm recebido números recordes de inscritos. A disciplina de metodologia de pesquisa, por exemplo, ofertada neste primeiro semestre letivo de 2025, recebeu 110 inscrições, sendo 90 alunos do mestrado acadêmico e 20 do profissional.

Para Damião Rocha, coordenador do PPPGE, o crescente número de alunos demonstra uma demanda reprimida para a pós-graduação na região Norte do Brasil. O professor chama a atenção para números comparados: “enquanto o Brasil contabilizou, em 2022, um estoque de apenas 0,7% das pessoas de 25 a 64 anos com mestrado, a média dos países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) foi de 14,1%5. Já em nível de doutorado, o Brasil apresentou, em 2022, a taxa de 0,3% da população de 25 a 64 anos com essa titulação, taxa aproximadamente quatro vezes menor que a média das nações que compõem a OCDE (1,3%). Em comparação com os 34 países da OCDE com dados disponíveis sobre o tema, o Brasil apresentou, em 2022, a segunda menor taxa (0,3%) de pessoas entre 25 e 64 anos que possuem doutorado, ficando à frente apenas do México, com 0,1%”, pontua o professor, citando dados apresentados no Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG) 2024 – 2028.

A coordenadora do PPGE e do polo do PGEDA na UFT, Jocyléia Santana, relata o trabalho que tem realizado para a internacionalização dos programas, com cotutela aprovada com a Universidade de Lisboa e alunos de mestrado e doutorado sanduíche na Universidad Nacional de La Plata na Argentina, com bolsa concedida pela Capes para estágio de mestrado no exterior a estudantes vinculados a projetos conjuntos de pesquisa. "Também temos alunos de estágio de Pós-Doutoramento que estão em Portugal e professores dos programas com missão de pesquisa no exterior, com apresentação de trabalhos como um grupo que irá este ano para Salamanca, na Espanha, e para a Argentina", destaca a professora.

O mestrado acadêmico da UFT teve início em 2013, o profissional em 2017 e o doutorado em rede em 2020. Todos são recomendados pela Capes, sendo os mestrados com conceito 3 e o doutorado com 4. A expectativa, segundo o professor Damião Rocha, é que, com a mais recente avaliação em curso, os programas de mestrado melhorem sua nota e a UFT passe a ter pelo menos mais um curso de doutorado em Educação em breve.

O mestrado acadêmico ofertou 260 vagas de 2012 a 2024 e já formou cerca de 160 mestres/as. O mestrado profissional formou no período dos dois quadriênios 2017 a 2024 um total de 100 mestres/as e continua com 20 alunos regulares da sua 8ª turma em curso. O doutorado em educação ofertou, de 2020 a 2024, 52 vagas no polo UFT, com as primeiras turmas em fase de conclusão.