ARRAIAS
Encerramento do I Seminário Tocantinense de Gênero, Sexualidade e Direito promove reflexões sobre diversidade e direitos humanos
Evento foi realizado nos dias 9 e 10 de dezembro com debates, lançamento de livros e uma mostra de cinema
Professores da UFT participam de mesa-redonda no I Seminário Tocantinense de Gênero, Sexualidade e Direito. (Foto: Divulgação)
Na noite de terça-feira, 10 de dezembro, encerrou-se o I Seminário Tocantinense de Gênero, Sexualidade e Direito, realizado no Câmpus de Arraias da Universidade Federal do Tocantins (UFT). O evento, que ocorreu ao longo de dois dias, promoveu debates sobre feminismo, diversidade sexual e desafios no campo dos direitos.
A última mesa-redonda, intitulada "Movimentos feminista e LGBTQI+ do Tocantins", contou com professores da UFT. A professora Gleys Ramos abordou a equidade de gênero e a luta de mulheres tocantinenses, como Dona Raimunda, Dona Miúda, Dona Juscelina e Dona Camila, destacando seus papéis na defesa dos Direitos Humanos. A professora Rubra Pereira de Araújo discutiu diferentes vivências de mulheres, incluindo mulheres trans, negras, quilombolas, indígenas e professoras. O professor Damião Rocha apresentou um panorama dos movimentos LGBTQI+ no Tocantins, mencionando as paradas do orgulho iniciadas em 2003, a produção acadêmica e a criação de núcleos de diversidade sexual e direitos humanos, culminando recentemente no Conselho Estadual dos Direitos das Pessoas LGBTQIAP+.
Para o professor Emerson Ramos, coordenador do curso de Direito e do evento, o seminário busca trazer reflexões sobre a proteção jurídica, especialmente ao reconhecer a homotransfobia como crime de racismo. “É necessário apresentar a repressão penal à homotransfobia para juristas, profissionais do Direito e alunos,” afirmou.
O evento teve início no dia 10 de dezembro, com uma mostra de cinema feminista e LGBTQI+, lançamento de livros e uma mesa-redonda sobre os desafios dos direitos das pessoas trans. A discussão contou com palestras de Paulo Iotti, doutor em Direito Constitucional; e Antonella Galindo, professora da UFPE e ativista trans. Estiveram presentes a diretora do Câmpus, professores, alunos de diversos cursos e, virtualmente, o pró-reitor de Graduação e grupos de pesquisa dos câmpus de Palmas e Porto Nacional.
Matéria produzida com informações fornecidas pelo professor José Damião Trindade Rocha
