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Jornalista e professor voluntário na UFT é aprovado no CNPU para cargo de especialista em Indigenismo
O Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) 2024 marcou um momento histórico para os povos indígenas. Para Elvio Marques, integrante do povo Pankararu do Tocantins, o processo de preparação para o concurso foi uma jornada contínua, que começou no ensino médio e se intensificou ao longo de sua trajetória acadêmica, abrangendo a graduação, pós-graduação e mestrado. Nos últimos seis meses, seu foco foi uma revisão abrangente dos conteúdos, que incluíam desde o ensino médio até a especialização.
O Jornalista tem especialização em Ensino de Comunicação e Marketing e foi o primeiro cotista indígena a entrar no mestrado em Comunicação e Sociedade pela Universidade Federal do Tocantins (UFT), desempenhou papel crucial no seu trabalho com a comunidade Pankararu. Ele explica que suas pesquisas sempre foram voltadas para o estudo das relações dos povos indígenas com a comunicação, com ênfase nos povos Akwe-Xerente e Pankararu. Sua formação, aliada à pesquisa, possibilitou uma compreensão mais profunda da importância da comunicação como ferramenta para os povos indígenas expressarem suas próprias narrativas.
Atualmente, Elvio Marques é pesquisador sobre a relação dos povos indígenas com as redes sociais e atua como membro da equipe técnica da Articulação Brasileira de Indígenas Jornalistas (Abrinjor). Além disso, ele exerce atividades como professor voluntário no curso de jornalismo da UFT e presta assessoria de imprensa e marketing a empresas privadas, sempre mantendo um compromisso com a promoção da comunicação indígena e o fortalecimento de suas representações nas mídias.
O cargo conquistado no CPNU, para Elvio, não é apenas uma vitória pessoal, mas um triunfo coletivo para sua família e para seu povo. Ele destaca a importância do concurso, que foi o primeiro no âmbito federal a reservar cotas para indígenas, como um reflexo da necessidade de oportunidades para as comunidades indígenas em todo o Brasil. Para ele, essa conquista representa mais do que uma oportunidade de trabalho: é um marco histórico para a inclusão.
