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Liga Acadêmica de Saúde Indígena da UFT realiza aula inaugural com lideranças e especialistas
A Liga Acadêmica de Saúde Indígena (LASI), da Universidade Federal do Tocantins (UFT), promoveu evento que marcou o início das atividades da liga interdisciplinar composta por acadêmicos de Enfermagem, Medicina e Nutrição. Com o tema "Territórios de Saberes: a ciência viva e a trajetória dos Subsistemas de Saúde Indígena", a programação contou com conferência, palestras e participação de lideranças indígenas.
O evento teve a presença de Hiolo Silva Werreria, médico formado pela UFT, oficial médico da reserva e atuante no Hospital Regional de Gurupi e no Distrito Sanitário Especial Indígena Araguaia (DSEI-Araguaia). Com experiência na gestão de saúde pública, Werreria abordou os desafios e avanços do Subsistema de Saúde Indígena, enfatizando a importância da formação de profissionais sensíveis às demandas dos povos originários.
A mesa de abertura teve como tema "O futuro é indígena!" e contou com a participação de Haratumá Javaé, coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena do Tocantins (DSEI-TO), Narubia Werreria, presidente do Instituto Indígena do Tocantins, Mayla Karajá, presidente do Diretório Central dos Estudantes da UFT, e Célio Roberto Pereira de Souza, diretor de Fomento e Proteção à Cultura na Secretaria dos Povos Originários e Tradicionais. Outras lideranças também marcaram presença, reforçando o compromisso com a saúde indígena e os direitos dos povos tradicionais.
Lara Cristyna Alves Xõhkwyj Krahô, presidente da LASI, emocionou os participantes ao ressaltar a importância histórica do momento:
"Esse sonho saiu do papel e caminhou até a UFT. As falas que ecoaram não foram apenas de aprendizado, mas de luta, de história, de resistência. Vozes que eu sempre admirei no movimento indígena, pessoas que não poderiam ficar de fora desse momento. Porque essa liga, essa construção, não é só nossa, é dos nossos ancestrais também. Espero que ela siga leve, mas forte. Que toque os futuros médicos, enfermeiros e nutricionistas formados pela UFT, para que sejam mais do que profissionais excelentes, mas pessoas sensíveis às lutas dos povos indígenas".
A ocasião foi marcada por agradecimentos com a divulgação da nota: "A Liga Acadêmica de Saúde Indígena (LASI) expressa profunda gratidão aos professores Daniele Seipel, Reijane Pinheiro e Héber Grácio, que acompanham os alunos em suas atividades, pelo apoio, dedicação e contribuição indispensável para o fortalecimento do conhecimento e da formação acadêmica comprometida com a valorização dos saberes indígenas.".
O evento contou com coffee break, entrega de brindes e certificação de 4 horas complementares para os participantes, simbolizou um marco para o ensino, a pesquisa e a extensão na UFT e fortaleceu o compromisso da instituição com a formação acadêmica voltada às necessidades das comunidades indígenas, promovendo uma maior integração entre saberes tradicionais e ciência.
Para mais informações sobre a LASI - Liga Acadêmica de Saúde Indígena, os interessados podem acessar o perfil oficial no Instagram: @lasiuft (https://www.instagram.com/lasiuft/).
