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Numa parceria entre UFT, Seagro e Ruraltins, evento discutiu cenário da produção de mel e derivados e papel das abelhas na alimentação
Cerca de 250 pessoas, vindas de regiões diversas do Tocantins, reuniram-se em prol de novas perspectivas para a produção de mel e derivados.
Nesta quarta (19) e quinta-feira (20), o campus de Palmas da Universidade Federal do Tocantins (UFT) sediou, em conjunto, o IX Seminário Estadual de Apicultura e o III Seminário Estadual de Meliponicultura. Com o tema "A importância das abelhas para a garantia da segurança alimentar em tempos de mudanças climáticas", o evento trouxe palestras sobre o cenário e as perspectivas - locais e globais - para a apicultura e a meliponicultura, além da partilha de conhecimentos técnicos, com a realização de oficinas. Cerca de 250 pessoas participaram da programação, entre produtores de mel e derivados - vindos de regiões diversas do Tocantins -, técnicos, estudantes e pesquisadores. O evento foi realizado pela Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro), o Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins) e a UFT.
Ciência e conhecimento popular em defesa das abelhas e da produção responsável de mel
Para Érika Jardim, médica veterinária e responsável técnica do Setor de Apicultura e Meliponicultura da Seagro, ambos os seminários tiveram balanço bastante positivo. "Os participantes tiveram a oportunidade de se capacitarem por meio de palestrantes de renome nacional e internacional, que trouxeram o que há de mais atual na apicultura e meliponicultura brasileiras", destaca Érika, uma das organizadoras do evento.
O coordenador do grupo de pesquisa em abelhas nativas BeeTech, da UFT, o professor Dr. Waldesse Piragé, também se disse satisfeito com o evento, e em que também foi um dos organizadores. "Percebi uma troca rica de conhecimentos entre o popular e o científico. O que mais me alegrou foi ver a intensa participação de pessoas do campo, de fora do âmbito acadêmico e vindas de várias regiões do Estado: um público cujo saber também deve ter espaço na Universidade. Em resumo, foi um evento popular: teve uma parte mais técnica e científica, voltada para a criação e manejo de abelhas, mas a marca do evento foi mesmo a social - e tomara que consigamos repeti-la!", diz Waldesse.
Novos conhecimentos, amizades e parcerias
Manoel Ferreira da Cruz, mais conhecido como "Manelão" na região de Arraias, onde mora numa propriedade rural, se disse contente pela oportunidade de assistir aos seminários: "Sou apicultor há 10 anos. O que eu aprendi aqui, em um único dia, vale por, mais ou menos, uma década na apicultura". Nem a rotina intensa da programação - com palestras até a noite - lhe tiraram a disposição para adquirir novos conhecimentos e fazer novas amizades e parcerias: "Estou cansado, mas felicíssimo! Vou voltar pra casa e mudar meu apiário inteirinho! Arrumei uma parceria aqui no evento, um novo amigo que vai me ajudar a aumentar minha produção", comemora Manelão.
José Eustáquio de Oliveira