Esse site utiliza cookies
Parceria entre UFT e SPU pode garantir alojamento para indígenas durante realização do curso de licenciatura em Palmas
Em busca de melhorias para os estudantes do curso de Licenciatura Intercultural Indígena, os pró-reitores de Graduação e Extensão da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Eduardo Cezari e Maria Santana Milhomem, reuniram-se com o Superintendente do Patrimônio da União no Tocantins (SPU), Edy César, na tarde desta sexta-feira, 20 de dezembro. O encontro teve como objetivo solicitar a concessão do prédio, que abrigará as aulas do curso de 5 a 20 de janeiro de 2025, e também servirá como alojamento para os acadêmicos.
Componente do Programa Nacional de Fomento à Equidade na Formação de Professores da Educação Básica da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Parfor Equidade/Capes), o curso é voltado para indígenas que desejam conquistar uma formação docente. Com duração mínima de 4 anos, conta atualmente com 39 indígenas compondo a primeira turma, sendo maior parte deles professores e estudantes advindos de três comunidades diferentes do Tocantins. E com partes das aulas realizadas em Palmas, muitos dos acadêmicos não possuem onde ficar durante este tempo.
Pensando nisso, os pró-reitores Cezari e Santana, juntamente com o corpo docente do curso, representado na presença do professor Héber Gracio durante a reunião, começaram a articular maneiras de tornar esta experiência ainda melhor para os estudantes, surgindo, assim, a parceria com a Superintendência de Patrimônio da União (SPU). Substituindo o reitor Luís Eduardo Bovolato e o vice-reitor Marcelo Leineker durante suas férias, Cezari reafirma a importância desta união: “É muito importante para a Universidade ter parcerias como essa que ajudam a viabilizar projetos importantes. Esse curso vai formar 39 professores indígenas, uma ação fundamental para o desenvolvimento das políticas educacionais e de equidade no país.”
Presente e colaborando com a articulação, Professora Santana define a parceria da UFT com a SPU como algo de grande importância. “A SPU é uma grande parceira da UFT. Principalmente atuando nas questões dos povos e comunidades tradicionais. Por isso, a doação dessa estrutura para construção da moradia estudantil de Palmas e da Escola de Extensão foi importante como mecanismo de inclusão dos estudantes e comunidade em geral.”, disse ela.
Questionado sobre a relevância da concessão deste espaço e da parceria com a Universidade, o Superintendente Edy César afirma ser uma de suas prioridades o trabalho com a comunidade indígena no Tocantins. “O governo meu tem atuado muito fortemente de melhorar as condições das comunidades indígenas no Brasil, e é um dever hoje do Patrimônio da União apoiar as ações de educação e formação cultural da universidade e do processo de formação indígena mesmo.”, disse ele.
O curso de licenciatura Intercultural Indígena tem duração de 4 anos e as aulas ocorrem no período de férias, julho e janeiro, na UFT, e durante os outros períodos, na comunidade. Além disso, buscando dar auxílio e incentivar a permanência e continuidade da graduação, todos os alunos indígenas possuem direito a uma bolsa mensal no valor de R$ 700,00 do início ao fim da formação.
Parfor Equidade
Pensado junto à Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação (SECADI/MEC), o Parfor Equidade é uma ação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Ele busca formar educadores para atuarem em licenciaturas específicas na rede pública de educação básica ou em redes comunitárias de formação, que ofereçam educação escolar indígena, quilombola e do campo, assim educação especial inclusiva.
Matéria produzida com informações coletadas do site do Capes