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UFT apresenta impactos sociais de Projetos de Extensão em Brasília
Nos dias 8 e 9 de outubro, a pró-reitora de Extensão da UFT, Maria Santana Ferreira dos Santos Milhomem, esteve em Brasília para compartilhar os impactos do Programa Interinstitucional “Rede de Cidadania e Direitos Humanos” (RCDH) e do Projeto de Extensão “Incubadora Social”. A visita incluiu reuniões com a ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo, além de representantes de diversas instituições, autoridades e parceiros estratégicos.
Na ocasião, foi apresentada a Rede Interinstitucional e Interdisciplinar de Proteção e Defesa das Pessoas em Situação de Rua, que tem como objetivo agregar instituições que desenvolvem ações voltadas para essa população, oferecendo serviços nas áreas de saúde, educação, assistência social, Sistema Nacional de Emprego do Tocantins (SINE/TO) e assistência jurídica.
Resultados Apresentados
A Incubadora Social para Mulheres em situação de vulnerabilidade social é um projeto de extensão da UFT, iniciado em 2023, com o objetivo de apoiar mulheres em situação de vulnerabilidade social, em especial mulheres em situação de rua.
Durante a apresentação, foram compartilhados dados relevantes sobre o perfil das mulheres atendidas: 54% são as principais provedoras do lar, 77% são negras, 25% estão desempregadas, 70% são beneficiárias de programas sociais, 84% têm mais de 30 anos, 53% têm renda familiar de até 1,5 salário mínimo e 26% não completaram o ensino fundamental. Até setembro de 2024, o projeto já havia realizado 26 encontros nas cidades de Palmas e Araguaína, atendendo 188 mulheres com equipes de psicólogas, assistentes sociais e terapeutas ocupacionais, além de promover atividades culturais e ações de capacitação para mais de 950 mulheres.
Maria Santana enfatizou a importância dos dados apresentados e a relevância dos projetos desenvolvidos: “Os números que compartilhamos não são apenas estatísticas; eles representam vidas que estamos impactando. A RCDH e a Incubadora Social são iniciativas essenciais que não só promovem a cidadania, mas também empoderam as comunidades. A colaboração entre diferentes instituições é crucial para garantir que nossos esforços resultem em mudanças reais e duradouras na vida das pessoas, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade”, destacou.
Rede de Cidadania e Direitos Humanos (RCDH)
A iniciativa abrange 17 municípios, realizando ações conjuntas em caráter itinerante. O principal objetivo da RCDH é promover a cidadania e combater as violações dos direitos humanos. As atividades incluem palestras, oficinas, rodas de conversa, atendimentos individualizados e encaminhamentos a serviços especializados. Além disso, a capacitação de profissionais e agentes comunitários, o levantamento de demandas das comunidades e a produção de materiais informativos são algumas das práticas que fortalecem a rede de proteção social.
O RCDH tem se empenhado em atender comunidades tradicionais, pessoas idosas, além de promover o debate contra a violência LGBTQIAPN+. Também promove campanhas de conscientização sobre diversas formas de violação dos direitos humanos, abordando questões sensíveis como violência contra a mulher, abuso sexual de crianças e adolescentes e gravidez na adolescência.
UFT em Pauta
Além de discutir os impactos dos projetos em execução, a visita a Brasília também proporcionou um espaço para refletir sobre o futuro da Universidade Federal do Tocantins (UFT). A pró-reitora de Extensão da UFT reforçou a importância de ampliar a atuação da UFT em projetos voltados para as comunidades mais vulneráveis, incluindo a criação de novas parcerias estratégicas para assegurar a continuidade e expansão de programas de extensão como a Incubadora Social e a Rede de Cidadania e Direitos Humanos.
A pró-reitora de Extensão também discutiu com representantes do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) a criação de uma política pública voltada à população em situação de rua, que está em fase de elaboração. O diálogo sobre essa política teve início no Seminário de Pessoas em Situação de Rua, realizado durante o 1º Fórum Estadual de Políticas Públicas para a População de Rua do Tocantins, organizado pela Rede Interinstitucional e Interdisciplinar de Proteção e Defesa das Pessoas em Situação de Rua, em 23 de agosto, em Palmas. O MDHC e o Governo do Tocantins comprometeram-se a assinar o termo de adesão a essa política, e a UFT atuará como interlocutora oficial nesse processo de diálogo.