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UFT registra grande avanço nos índices de governança, auditoria e sustentabilidade, segundo dados do TCU
A Universidade Federal do Tocantins registrou crescimento substancial em índices de governança, auditoria e sustentabilidade. Os dados são do levantamento iESGo – Governança, Sustentabilidade e Inovação, do Tribunal de Contas da União (TCU), que visa avaliar o nível de adesão das organizações públicas federais e de outros entes jurisdicionados ao Tribunal de Contas da União (TCU) em relação às práticas ESG. O relatório completo do TCU sobre a Universidade Federal do Tocantins pode ser conferido no link abaixo:
No Índice Integrado de Governança e Gestão Públicas (iGG), a UFT evoluiu de 28% dos quesitos atendidos em 2017 (ano do primeiro levantamento) para um percentual de 77,4% neste último resultado divulgado pelo TCU. No iESGo o percentual chega a 73,7%; no iGovPUB, 80,8%; e no iGovTI, 85,3%. Confira, na imagem abaixo, todos os índices do levantamento do TCU referente a 2024:
Segundo a diretora de Planejamento e Avaliação, Karina Mosel Paixão Balestra, os indicadores impactam toda a comunidade universitária porque denota um aprimoramento da gestão e também das práticas de governança, e que "consequentemente, favorecem a melhoria dos serviços prestados do valor entregue para a sociedade. Os processos passam a ser mais estruturados e ágeis, os serviços mais eficientes e a gestão mais profissionalizada, com foco na geração de valor para a sociedade", diz a diretora.
O professor Eduardo Lemus Erasmo, titular da pró-reitoria de Avaliação e Planejamento (Proap), ressalta o trabalho conjunto de todas as esferas envolvidas nos quesitos avaliados. "Estão envolvidos a Proap, a Pró-Reitoria de Tecnologia da Informação e Comunicação (Protic), a Pró-Reitoria e Gestão e Desenvolvimento de Pessoas (Progedep) e a Pró-Reitoria e Administração e Finanças (Proad); todas incumbidas dentro desse processo de governança. Estabelecemos uma série de metas com ações e fomos monitorando através desse período, cobrando e fazendo investimentos", contou o pró-reitor. Ele destaca ainda que "o resultado é fruto desse trabalho conjunto, com foco na melhoria e de fazer a UFT realmente uma universidade que se orgulhe dos seus processos administrativos e de gestão".
O reitor da UFT, professor Luís Eduardo Bovolato, enfatizou que os números refletem o trabalho de atender o que foi planejado, ressaltando a importância do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) para o sucesso alcançado. "Agora, é também importante que esses indicadores, mesmo que tenham crescido, que eles se sintam percebidos pela comunidade acadêmica e o público externo", pontuou, enfatizando que o Tocantins tem uma grande diversidade e que envolve as comunidades tradicionais e os povos indígenas, e que se deve avançar mais na questão da sustentabilidade ambiental. "Acredito que o próximo PDI vai ter esse elemento bem forte", frisou o reitor. Bovolato ressaltou que "de forma geral os resultados foram bastante positivos; a UFT vem numa curva ascendente de melhora nesses diferentes índices, e isso espelha de maneira geral um bom engajamento não só da gestão da universidade, mas de toda a comunidade acadêmica", finalizou.
Confira, na galeria abaixo, o crescimento percentual de alguns dos índices nos anos de levantamento do TCU:
Sobre os índices
O índice iESGo mede a performance das organizações em relação a práticas de "Environment, Social and Governance" (Ambiente, Social e Governança). Este índice é parte de um esforço para avaliar como as instituições públicas estão gerenciando questões relacionadas à sustentabilidade ambiental, responsabilidade social e governança. No total, 387 organizações públicas participaram do levantamento de 2024 com respostas válidas colhidas por meio de questionário eletrônico de autoavaliação, segundo o TCU.
Os critérios nos quais os índices são elaborados estão baseados em diversos aspectos que refletem a capacidade da organização em implementar práticas sustentáveis e de governança. O conjunto de indicadores inclui Capacidade em Liderança (Lid); Capacidade em Estratégia (Estr); Capacidade em Controle (Cont); Índice Integrado de Sustentabilidade Ambiental e Social (iES); e Índice de Gestão Pública (iGest).
O questionário iESGo, do TCU abordou os seguintes temas: Liderança, Estratégia, Controle, Gestão de Pessoas, Gestão de Tecnologia da Informação e da Segurança da Informação, Gestão de Contratações, Gestão Orçamentária, Sustentabilidade Ambiental e Sustentabilidade Social.
"Gabaritando" o questionário
Em alguns índices do questionário do TCU, setores da UFT ficaram muito acima dos índices das áreas em que estavam incluídos - atingindo 100% dos quesitos na faixa de classificação "Aprimorado". Assim, a UFT ficou ressaltada nos seguintes indicadores:
► 1110 - Capacidade em estabelecer o modelo de governança;
► 3130 - Capacidade em assegurar a efetividade da auditoria interna;
► 4110 - Capacidade em realizar planejamento da gestão de pessoas;
► GovernancaTI - Índice de Governança de Tecnologia da Informação;
► PlanejamentoTI - Capacidade em realizar planejamento de tecnologia da informação;
► EstruturaSegInfo - Capacidade em definir políticas de responsabilidades para a gestão da segurança da informação;
► GerirSoluções - Capacidade em gerir desenvolvimento de soluções e inovação; e
► ProcessoContrat - Capacidade em estabelecer processos para a gestão de contratações,
A Unidade de Auditoria Interna (Audin) foi um dos setores a "gabaritar" o questionário, nos indicadores 3130, 3131, 3132 e 3133 (veja quadro ao lado). O auditor Dilson Pereira dos Santos Júnior, chefe da Unidade, destacou que a análise cuidadosa dos índices e de como as ações podem impactar positivamente a instituição e acrescer na qualidade do trabalho entregue. "A indução de melhoria dessa governança resulta em resultados, tem como consequência, a melhoria dos resultados entregues", disse. Com isso, em cinco anos de atuação da auditoria, mais de 115 benefícios não financeiros foram calculados e contabilizados, "ou seja, são melhorias que geraram um melhor serviço prestado à comunidade", complementa o auditor.
Santos Júnior frisa que durante este período a economia de recursos financeiros conseguida por meio das ações da Auditoria Interna soma cerca de R$ 3,744 milhões. "Esse valor representa uma combinação de várias ações que resultaram em economias significativas como está mencionado no documento do TCU." Para o auditor, "não são apenas números para responder ao TCU, mas há uma evidencia real de que essas ações chegam. Os gestores começaram a ver e também os indicadores começaram a 'dizer' que nosso trabalho é efetivo. Os resultados apareceram", comemora.
Para ele, "A auditoria não existe por sí só. A auditoria existe para que a instituição cresça, para que a instituição melhore, para que a instituição avance", pontua.