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Pró-reitor de Graduação explica como será o Exato e fala das vantagens do novo exame para os estudantes
A partir da próxima terça-feira, dia 22 de outubro, interessados em ingressar em cursos de graduação da Universidade Federal do Tocantins a partir de 2025 vão poder se inscrever no Exato - o Exame de Acesso ao Ensino Superior do Tocantins.
O Exame é aberto à participação de estudantes do Ensino Médio ou pessoas que já concluíram a Educação Básica de todo o Brasil, mas terá provas elaboradas com base nas especificidades curriculares da educação tocantinense. "Ele é inspirado no modelo do Enem, mas como um 'sotaque' daqui", diz o pró-reitor de Graduação da UFT, Eduardo Cezari. O Exato faz parte da estratégia elaborada pela equipe da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) para ampliar o acesso à Universidade e reduzir as taxas de evasão de alunos.
Para explicar melhor as mudanças nas formas de ingresso da UFT a partir da implantação do Exato, o pró-reitor concedeu uma entrevista que está disponível no canal oficial da UFT no YouTube, com apresentação da jornalista Bianca Zanella, produção de Yvana Felisbela e edição de Flayra Sobrinho. Assista e fique por dentro!
Trechos em destaque
Jornalista: Professor, para começar, conta para a gente de onde surgiu a ideia do Exato e o que é esse exame?
Eduardo Cezari: O Exato surgiu a partir de um processo longo de discussão sobre os nossos processos seletivos e as diferentes formas de acesso que nós temos hoje na universidade, buscando também pensar num processo que fosse diferente desses tradicionais que nós já temos, como o Vestibular, o Sisu e o processo seletivo com nota do Enem, mas que contemplasse um exame mais regional que permitisse que os estudantes aqui do nosso entorno, que estão no próprio Estado do Tocantins, tivessem mais oportunidades para acessar a UFT.
Jornalista: O Exato vai ser um novo vestibular? Ele vai substituir o vestibular na UFT?
Eduardo Cezari: Ele não vai substituir neste momento, mas a intenção é que a gente faça um processo gradual, uma transição do Exato para o vestibular, para que ele assuma, então, esse lugar do vestibular. Então, esse ano a gente faz um processo seletivo, na verdade, a gente faz o exame, e com esta nota do exame depois o estudante vai poder concorrer às vagas nos processos seletivos da UFT.
Jornalista: O Exato foi inspirado no modelo do Enem e do Sisu que já existe há vários anos no país. A UFT vai deixar de fazer parte do Sisu? Quer dizer, quem quiser entrar na UFT a partir de agora, a partir do Exato, não vai mais precisar fazer o Enem?
Eduardo Cezari: Não, pelo contrário. O Enem é um exame nacional do ensino médio que tem uma função importante para o país, de levantar os indicadores nacionais e poder estabelecer essas comparações também da qualidade do ensino médio no país como um todo, que também é uma forma de acesso ao Ensino Superior, e a Universidade tem metade das vagas reservadas para o Sisu. A outra metade das vagas nós temos reservadas para o Vestibular. Então, a nossa intenção é construir um processo que seja mais próximo, só que regional, com uma característica de avaliação voltada para o desenvolvimento do ensino médio do Estado do Tocantins e não uma perspectiva nacional e que os estudantes tenham mais condições de concorrer em pé de igualdade dentro do nosso Estado. O exame do ensino médio do Tocantins, o Exame de Acesso ao Ensino Superior do Tocantins, ele tem uma similaridade porque a gente habilita o estudante para acessar o ensino superior e aí depois disso ele pode concorrer com essa nota nos processos que nós abriremos a partir do ano que vem.
Jornalista: Quem ainda não concluiu o ensino médio, que está no primeiro ou no segundo ano, vai poder fazer o Exato também para treinar ou até para se habilitar para processos seletivos futuros?
Eduardo Cezari: Quem ainda não concluiu o ensino médio, quem está no terceiro ano, pode fazer o exame e já concorrer no próximo ano. Quem ainda entra na categoria de treineiro, que está no primeiro e segundo ano, não pode utilizar essa nota posteriormente para o acesso, mas pode experimentar a prova, pode viver essa experiência de fazer a avaliação para que quando chega a sua vez já esteja preparado para concorrer, para fazer uma prova com mais segurança.
Jornalista: Por falar em prova, as provas do Exato vão ser diferentes das provas de vestibular que a gente já conhece? Como é que os estudantes que estão no ensino médio hoje ou que já concluíram o ensino médio, que pretendem se habilitar através desse exame para os cursos de graduação da UFT podem se preparar para o Exato?
Eduardo Cezari: Aí dá uma grande diferença. A prova do vestibular, ela é uma prova de fato, a gente faz a prova, o estudante já se inscreve para um curso, para uma vaga de um curso, e ele vai lá e desenvolve aquela prova para aquele dia, para aquele curso, para aquele processo. O exame, isto é, o Exato, nós estamos elaborando uma outra configuração de avaliação, em que nós temos uma matriz de avaliação baseada no currículo do estado do Tocantins, com as competências, com os itens sendo elaborados, já considerando essa matriz de avaliação que é desenvolvida aqui no nosso estado. Então, o estudante que vai fazer o Exato, ele se prepara a partir da sua própria vivência na escola.